2ª Bienal do Livro de Goiás
29/04/2009
2ª BIENAL DO LIVRO DE GOIÁS
Sérgio Nogueira, do Soletrando, participa da abertura da 2ª Bienal
Sérgio Nogueira Duarte da Silva, um dos palestrantes desta Bienal do Livro, chegou mais cedo a Goiânia. Tudo isso porque ele adora bienais! Sérgio, que fará a palestra "Ortografia. Soletrando e Reforma Ortográfica" na sexta-feira, 1º de maio, em três momentos do evento, participou da abertura da 2ª Bienal hoje, 29 de abril, às 9h, e aproveitou a manhã passeando pelo evento, atendendo à imprensa, conversando e tirando fotos com estudantes, professores e visitantes em geral.
"Acho esse um ambiente muito rico, com tantos livros e pessoas interessadas neles, é muito agradável estar no meio disso tudo, por isso vim antes", revelou Sérgio, que se tornou popular, sobretudo entre crianças e adolescentes, depois de participar como jurado do Soletrando, quadro do programa Caldeirão do Huck, na TV Globo, em que estudantes devem soletrar corretamente as palavras apresentadas, um tipo de competição muito comum nos Estados Unidos.
Sérgio reconhece que ficou mais "famoso" depois de fazer parte do Soletrando, e diz que se surpreendeu com a repercussão do quadro entre os jovens. Sérgio conta que está certo de que o programa tem despertado o público para a importância de se escrever corretamente e que fez crescer também o interesse e a curiosidade sobre a ortografia.
Sobre a Bienal, Sérgio Nogueira destacou a importância de eventos que valorizem o livro e incentivem a leitura. Para ele, o estímulo e o exemplo são grandes ferramentas da educação. Sérgio acredita que ler é fundamental para se escrever corretamente, pois a ortografia é aprendida por meio da memória visual. "Por mais que estudemos, por exemplo, que a palavra ´café´ é acentuada porque é uma palavra oxítona terminada em ´e´, nós a acentuamos porque é sempre assim que a vemos”, explicou.
Outro ponto positivo desta Bienal, na opinião de Sérgio Nogueira, é a preocupação em atrair o jovem. "Muito se critica a internet e seu ´internetez´, mas é preciso revertê-los para o benefício da língua portuguesa e utilizá-los como aliados no aprendizado da língua e no estímulo à escrita", pondera. Um dos objetivos da 2ª Bienal do Livro de Goiás é apresentar o livro como uma ferramenta de diálogo com as diferentes manifestações e possibilidades de uso da palavra.
Sérgio Nogueira revelou ainda que foi contra o novo acordo ortográfico, aprovado em 2008. De acordo com ele a reforma por si só não é o suficiente para unificar a língua portuguesa de modo a aproximar culturalmente os países onde ela é falada, nem fará, por exemplo, com que obras brasileiras sejam mais difundidas nesses países. Além disso, ele considera que foi uma reforma tímida e que encontra resistência, sobretudo, fora do Brasil.
"Mas, uma vez que ela foi aprovada e se tornou lei, deve ser respeitada", destacou Sérgio Nogueira. E explicou que o seu trabalho, sobretudo como consultor, deve ser o de esclarecer e propagar a nova ortografia para que todos saibam como escrever corretamente.
Sérgio Nogueira Duarte é formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em Língua Portuguesa pela PUC-Rio. É consultor de português do jornalismo de emissora s de TV e jornais impressos, e dá cursos de atualização para empresas e escritórios de advocacia. É autor da série Língua Viva e de O Português do Dia-a-Dia.
As três palestras de Sérgio Nogueira serão às 10h, às 14h e às 19h, na Arena Jovem, espaço cuja programação foi pensada especialmente para esse público ávido por novidades e descobertas.
