30/04/2009
2ª BIENAL DO LIVRO
Fiandeiras de Hidrolândia são atração na Bienal
Um grupo de 20 fiandeiras de Hidrolândia está na Bienal. São vinte mulheres que com a habilidade herdada de avós e mães transformam o algodão em fios. Em roda, elas cantam enquanto descaroçam, cardam e fiam. Na 2ª Bienal do Livro, elas estão instaladas no Espaço Cerrado, próximo ao Vão dos Angicos, atraindo a atenção de crianças, jovens e adultos.
Segundo Célia Rosa Tolentino, coordenadora do Grupo de Fiandeiras de Hidrolândia, atualmente, o grupo reúne 52 fiandeiras, entre eles três homens muito dedicados e que ficam, quase sempre, com o trabalho pesado de bater o algodão, para retirar dele os ciscos. Em Hidrolândia, eles se reúnem para o trabalho nas tardes de terça-feira e para dançarem na tarde de quinta-feira. “Para a dança, o grupo passa de 52 para 150”, brinca Célia.
Além da atividade com o algodão, as fiandeiras que estão integradas há mais de 18 anos passaram a se apresentar a partir de 2000 para cantar. Elas são chamadas para inúmeros eventos e em ocasiões cívicas e comemorativas na cidade, cidades vizinhas e também na capital.
“Para nós que queremos mostrar a tradição, nossa cultura, essa oportunidade de vir à Bienal é muito importante”, afirmou Célia Tolentino. Em Hidrolândia, o grupo visita creches e outras escolas do município, num trabalho integrado com a educação. “Esse contato com as crianças é muito bom, estamos todos muito felizes com essa participação na Bienal”, garantiu.
O Grupo de Fiandeiras de Hidrolândia é mantido pela Secretaria de Ação Social da Prefeitura. No estande em que se apresentam hoje até as 16h, estão expostos alguns livros que fazem referência ao trabalho das fiandeiras.
Goiânia, 30 de abril de 2009.